24/04/2011

Vim definir o défice e fui vender fruta da china


PaZ!!!

Aqui no Vacas Não Dão Chouriças andamos preocupados com o bom português. Como tal, optei por definir, para vós, a palavra: Défice; Realçando os modos duvidosos do nosso estimado governinho, vou abordar agora o tema com receio que eles mudem as definições da pobre palavra que, sem culpa de ser o que é, vê-se atirada de boca em boca e de mão em mão, mal compreendida e pouco estimada.

Qual é coisa qual é ela, que toda a gente fala nela mas ninguém sabe o que é?

Dos sábios portugueses que conheço (e que não conheço, porque o bom português vai para o café falar para toda a gente o ouvir) sei os problemas que eles têm em entender o que é o défice (eu própria confesso atrapalhar-me um pouco nesse conjunto de termos e definições pomposas que de pomposo nada têm).

“Ora toda a gente fala nele mas nunca vi esse senhor, nem sei que cargo desempenha, nem sei porque é que nunca dá a cara para falar por si… têm de ser sempre os outros! E ainda não percebi porque é que ele fica cada vez maior e eu ando aqui a passar uma fome de cão.”

Défice = Saldo negativo.

O défice é o defeito das contas. É o número que fica quando aquilo que gastamos é maior do que aquilo que produzimos.

Portanto… Ter défice é uma coisa má? Bem, não propriamente, quando eu quero montar um negócio peço dinheiro ao banco e invisto inicialmente (estou em défice) eu gasto mais do que aquilo que produzo e assim será durante os primeiros tempos do meu pequeno negócio (vamos imaginar que é uma frutaria… eu até que acho piada a essas coisas). Ora, a minha frutaria está a crescer, ela começa a ter clientes, começo a ganhar dinheiro e chega ao ponto em que já não estou em défice, superei o investimento inicial, paguei tudo ao banco.

Mas agora abriu uma frutaria nova na rua ao lado e tenho uma concorrência, dava-me jeito ter umas frutas exóticas para atrair clientes e para isso tenho de investir. Lá vou eu ao meu banco que me dá dinheiro para mandar vir a fruta da china. O número de clientes aumenta e o défice vai gradualmente embora…

Portanto, pode um país estar sempre em défice? Pode… mas não deve. A minha frutaria, podia ter-me dado um montante suficiente que eu, para mandar vir fruta de china, não iria precisar de ir ao banco.

Mas acontece que o nosso governo não vende fruta, vende a banha da cobra que ao que parece muitos portugueses consomem (daí termos todos muitos problemas cardíacos por causa do colesterol alto). No nosso caso temos um défice muito alto e um crescimento muito pequenino, aliás agora nem crescemos estamos em crise, ou seja, estamos em recessão ou seja… ESTÁMOS A ENCOLHER!!! (Oh não!)

Em suma:

- O défice é mau quando não crescemos ou quando não é um investimento para fazer crescer o país, é simplesmente um reflexo da incompetência do governo (se é português encontra-se nesta situação);

- O défice é bom se ajudar o país a crescer (devo dinheiro mas vou pagar não tarda);

- O défice é melhor quando não existe (não devo dinheiro a ninguém);

- O melhor, era se o país crescesse sem défice (que não é o caso da minha frutaria, mas sejamos sérios no assunto, já quase ninguém compra em frutarias, muita sorte tive eu em não ir á falência);

09/02/2011

Vídeos

Caros leitores, a equipa de redacção do "As Vacas Não Dão Chouriças" tem o enorme prazer de vos comunicar que o nosso canal YouTube já se encontra operacional. Temos, aliás, 2 vídeos para vos apresentar: um teaser e um vídeo que é o 1º constituinte de uma possível futura série, os Trambolhos & Companhia...

Divirtam-se!

TEASER 1:




Trambolhos & Companhia:

05/02/2011

Trambolho Musical

Caros leitores, tenho o prazer de vos comunicar que, durante o passado fim-de-semana, eu e uma das colaboradoras aqui do 'Vacas' (Wiscat) tivemos uma experiência musical algo transcendente...

Tudo começou quando nos apercebemos de que a novela Floribela foi, na verdade, uma adaptação (muito mal feita, diga-se de passagem) de um trabalho pré-existente desse género da Argentina. Ora, ao percebermos que havia, algures no mundo, uma outra rapariga disposta a fazer um papel daqueles, ficámos (obviamente) com um simultaneamente perplexo e aterrorizado nas nossas caras...

Decidimos então ir pesquisar as tendências musicais dessa tal 'Floribela argentina'. Começámos logo por nos escancararmos a rir com o nome da novela: 'Floricienta'. Quero dizer, Floribela já é péssimo; mas Floricienta?! Meu deus... Nem há palavras que descrevam aquele momento de estagnação orgânica que sentimos ao ler o nome; foi quase como se fosse em câmara lenta!...

Bem, mas continuando com a divagação, lá fomos nós pesquisar no Google o nome da aclamada novela Floricienta. Imediatamente (ou 'mediatamente', como diriam alguns), obtivemos acesso a um link de um vídeo do YouTube que mostrava um dos grandes sucessos de Floribela, mas em espanhol, ou seja, na sua versão original.

Peço-vos que se riam primeiro da versão portuguesa - convém darmos o exemplo, não é?






Viram? Pronto, agora acalmem-se, por favor. Não quero estar agora a chamar a brigada de desintoxicação - por amor de deus, não é cocaína!

Vejam a 'espanholita', por favor...



Conseguiram acabar? E agora, ainda estão vivos?

Por uma questão de curiosidade, vejam a letra da versão original:


Y yo te voy a esperar
y no me voy a pintar
ya sé que te gusto mucho
cuando me ves natural.
Y llegaré tan puntual 
no quiero perder más tiempo
cada segundo que tardás 
es un beso que te resto.
Me pondré el vestido azul
que séque te gusta más
dejaré mi pelo suelto
para que baile en el viento.
Y en nuestra esquina de siempre
el aire se ha perfumado
porque en todas las ventanas 
el amor se está asomando.

(Coro:)
Pero no vino nunca, no llegó
y mi vestido azul se me arrugó
y esta esquina no es mi esquina
y este amor ya no es mi amor.
Pero no vino nunca, no llegó
y yo jamás sabré lo que pasó
me fui llorando despacio
me fui dejando el corazón

Y me robaste la esquina
y me quede tan perdida
a dónde vuelan mis sueños
a un callejón sin salida.
Y me quité mi vestido
que tanto te gustaba
total me siento deznuda
total ya no tengo nada.

(Coro)

Y él no vino nunca
no llegó.
 
Não sei se viram, ela começou por dizer que nem se vai 'pintar'... 'PINTAR'?! Minha nossa, ao que o
mundo chegou! É por estas e por outras que não devemos nunca deixar os espanhóis dominar o nosso
país: depois mudam-nos a língua e andamos para aí todos a dizer 'tinta' em vez de 'maquilhagem' e
'perro' em vez de 'cão'...
Já é por demais deprimente ser português; mas ser português e falar espanhol... Eu não quero
sobreviver para viver isso!...
 
Bem, caros leitores, espero que tenham aproveitado este post para uma limpeza intestinal profunda.
É com estas coisas (e com relva) que os cães se tratam, sabiam? Os cães e o Paulo Portas...
 
 
Cumprimentos. 

31/12/2010

SOMOS CONTRA! A Sinistralidade nas estradas.

SOMOS CONTRA!!!

As vacas não dão chouriças, juntamente com as pessoas que recolhem os cadáveres das estradas entraram numa campanha contra a sinistralidade nas estradas! Por isso, da próxima vez que for conduzir… não o faça.

Desligue o carro antes de conduzir!

Uma estrada sem cadáveres depende de todos nós.

27/11/2010

Sim! Somos inteligentes!

Nunca sei o que escrever nos meus posts; quero dizer, há bastantes coisas que são alvo da minha consideração, no entanto, penso que alguns não vos interessariam, de todo… Então peguei no conselho da nossa cara colaboradora Voodoo Girl (“escrevo sobre algo que me irrita profundamente”) e desenvolvi essa ideia…

Portanto, caros leitores, preparem-se para ler sobre algumas das coisas que mais me irritam… No entanto, para protecção da vossa sanidade mental (e da minha), não vou referir a minha extensa lista, partilhando convosco apenas uma ou outra situação que me deixa com os cabelos em pé.

Estão confortavelmente sentados? Ok, então posso começar.

Acho imensa piada (ou então estou só a ser imensamente sarcástica), ao facto de ao longo da nossa vida nos chamarem constantemente de ignorantes… Quem pensam que são essas pessoas (escondidas atrás dos seus trabalhos, ou não) para nos insultarem desta maneira??? Ainda por cima, não se preocupam minimamente com o ego das pessoas… Sabem lá eles qual é a minha personalidade? Até posso ser uma pessoa sensível… E se for esse o caso, quem é que me vai ajudar a ultrapassar esse trauma? Imbecis (eles, não vós. Não me percebam mal! E desculpem a minha frontalidade, mas isto irrita-me severamente).

Há um exemplo que pode de certa maneira ilustrar aquilo de que vos estou a falar: os copos da Mc Donalds! Perdoem-me a publicidade, mas não tenho outra maneira de identificar o dito cujo…

O copo traz instruções que nos ajudam a beber o que se encontra no seu interior… Primeiro em espanhol e depois em português…

1º Coger la pajita;

2º Poner la pajita en la bebida favorita;

3º Llevar a la boca y disfrutar de una sensación refrescante.

Penso que não preciso de colocar em português também! Vocês (tal como eu) são suficientemente inteligentes para perceber o que dizem as instruções, tenho a certeza!

Pois é! E isto é o que grandes empresas fazem para, simpaticamente, nos chamarem de idiotas! Não é que me incomodem o raio das instruções… Só acho que são totalmente desnecessárias! Vou fazer-me de ingénua e vou pensar que o objectivo não era insultar discretamente os clientes, mas sim ensinar-lhes uma das coisas que em crianças aprendemos mais rapidamente: BEBER DE UM COPO… COM UMA PALHINHA. Neste caso, eles nem sequer se lembraram de ensinar como é que se abre a embalagem da palhinha… Ou como é que conseguimos colocar a palhinha no copo… Ou então, como é que conseguimos engolir o sumo… Já agora davam as instruções todas não? Já que nos consideram assim tão burros! Será que sinceramente eles pensam que é praticamente impossível beber o sumo sem as suas magníficas instruções?

Como se não bastasse, o moço ou a moça que fez o design do copo, no fim colocou: I’m lovin’ it!. Apesar de todos sabermos que é o slogan da marca, não deixa de ser irónico vir depois das instruções… Eu da primeira vez que as li pensei: “Estes idiotas estão a chamar-nos a todos de ignorantes” e como logo a seguir vinha I’m lovin’ it!, a reacção imediata é “ainda por cima estão a gostar de nos insultar!” Assim, esta situação pode ser mal entendida, uma vez que eles para além de nos chamarem estúpidos, parece que estão a divertir-se imenso com isso! Tenham dó e como alguém me disse um dia (não com a melhor das intenções): “Vergonha na cara!”.

Antes que me exalte e que tenha que pedir às crianças para abandonarem momentaneamente a sala, ou melhor, o blog, acabo por hoje com uma nota de indignação profunda…

Para aliviarem ligeiramente a minha ansiedade (e antes que me dê um AVC aqui mesmo) só vos peço uma coisa caros leitores: Caso algum dia venham a fazer publicidade, publicar algum livro, etc., POR FAVOR nunca chamem idiotas a ninguém:

1º porque é feio… (aprenderam isso em crianças tal como eu, não é assim?)

2º porque quem acaba por ser chamado de idiotas são vocês! E eu não quero que isso aconteça!


Sejam felizes!

Saudações, Sugar Glider

23/11/2010

O Natal está a chegar...

FUJAM!

Depois de muito ponderar relativamente ao tema desta minha primeira contribuição para este bendito blog, decidi (para variar) falar de uma coisa que enerva solene e repetitivamente. O Natal. Bem, não o Natal, Natal, mas toda a loucura que o precede. Como disse e muito bem a nossa contribuidora Wiscat (a não ser que os meus ouvidos me tenham traído) o Natal é uma época perigosa.

Pelo menos para mim. Senão vejamos...

Aqui há dias (mais há um mês, que estávamos em finais de Outubro), ia eu muito descansada no fórum quando, ao passar em frente ao Continente me deparei com filas e filas de pessoas à espera para embrulhar prendas e filas e filas de pessoas nas caixas a pagar montanhas de prendas. A minha mãe explicou-me muito prontamente, após reparar no meu ar de perfeita incredulidade que eram os saldos de Natal. Ah bom! Fico muito mais descansada ao saber que os saldos de Natal são feitos dois meses antes do dito cujo.

Até porque faz todo o sentido comprar as prendas com muita antecedência... Vá-se lá imaginar o Mundo acabar e eu não ter tempo de comprar as prendas... Uma desgraça, é o que é. E depois dá-se o belo que é comprar 1672 presentes (sim, isto porque entre bons e maus amigos, piores e melhores inimigos, família que se vê, que não se vê e que mal se conhece, o carteiro, a empregada da limpeza, e outros tantos que tais, que o total de prendas deve rondar esse numero) e ás tantas, e porque o tempo passa, o sacana, nos esquecemos para quem comprámos, o que comprámos e, por vezes, onde é que guardámos os presentes.

Bolas.

Mas pronto, isso nem me chateia muito... que eu sou daquelas que compras de Natal é só na semana antes e... surpresa das surpresas, é meias fofinhas com temas natalícios da Calzedonia. Que as meias até são a prenda de Natal por excelência. O que me chateia mesmo muito, é a obsessão que existe com o bicho antes sequer de o bicho chegar. Porque a dois meses do dito cujo, ele é Natal por tudo quanto é parte, e começam a passar as belas músicas de Natal. Desta forma, chegamos todos à data completamente embebidos em espírito natalício.

Pergunta do dia: o que é isso do espírito natalício?

Porque toda aquela história de celebrar o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo me deixa com algumas comichões. Até porque o rapaz nem nasceu de 24 para 25, mas sim em Janeiro - e se fosse comigo eu ficava bastante chateada se andassem por aí a celebrar o meu aniversário com 11 meses de atraso... o que acaba por ser o mesmo que um mês de adiantamento, que acaba por ser tão chato como. Se se virassem para mim na rua e me dissessem 'Parabéns!' com 11 meses de atraso eram bem capazes de levar uma grande chapada... E já viram o que era se fosse o Mundo todo a celebrar o vosso aniversário fora de época? Vá lá minha gente, ninguém gosta.

E depois temos o Pai Natal. Que enquanto tem bastantes fundamentos folclóricos e culturais, é, na forma conhecida nos nossos dias, uma criação da coca-cola (pois... agora vou um bocado tarde para avisar todos os que tiverem crianças pequenas a ler isto para as retirarem da sala... desculpem lá).

E isto, meus senhores e minhas senhoras é o Natal. Será que é preciso tanta confusão por causa disto?

15/11/2010

Bebe menos.... pensamento sustentável!




Pensei em fazer o meu primeiro post sobre políticas, orçamentos e parlamentos. Mas depressa me destitui da ideia por saber que era demasiado sedo, as pessoas não pensam duas vezes quando vêem estas palavras e é certo que mudam de site indo lá para outra coisa qualquer. Se ainda não mudaste de sítio e continuas a ler isto; parabéns! Vais ouvir falar dos bêbados do nosso país!

O nosso país é uma terrinha muito acanhada e inibida. São precisos uns bons tragos de etanol para pôr as coisas a andar (anda em círculos… mas pelo menos cria a ilusão de que não estamos parados). Somos uns nostálgicos e passamos os dias a afogar as mágoas do que perdemos num bom garrafão de tinto!

Vejo os nobres académicos a vomitarem nas bermas das estradas deste país. Vejo os futuros engenheiros e doutores a naufragarem no mundo das mil cores e dos maus odores. Deprime-me a gente ébria e alegra-me o facto de não ser assim. Eu não bebo… assim tanto, e dizem-me, por isso, (alguns, não todos) ANTISOCIAL – Pessoa que não consegue/gosta de interagir com outras pessoas.

Quantas não são as almas que já vão bebidas para os jantares e para as festas? Dizem eles que é para “socializarem melhor” e há quem diga ainda que “se não fosse isto eu não estaria aqui a falar convosco. Estava caladinha, metida comigo mesma”! Depois quem não bebe é que é anti-social. (hummm…)

Quando forem todos formados é bom que parem de beber tanto… deixem alguma coisa para as gerações vindouras! Onde está esse pensamento sustentável? Pois, porque, pela forma como eles tentam todos incutir os anti-sociais a beber parece que é mais um legado do que outra coisa.

O velho ensina o novo a beber e bebem os dois até cai para o lado. Chegará então a hora em que o velho está na cova e o novo para lá caminha. E se continuarem eles a gastar com tanto afinco e dedicação os futuros anti-sociais não terão nada para poderem ser mais sociais! Salvai-nos a morte de tamanho cenário! Uma noite sem gente bebida! Onde já se viu isso?! Agora só falta o CDS não ser do contra e o governo governar! Se tudo correr mal até pode ser que não entremos em recessão e que a crise se vá embora! Depois vamos sentir pena de nós mesmos porquê? (É que perdemos o vinho e a vontade de o ter…)

Porque, vá lá! Todos sabem que a crise é uma senhora anti-social! Se ela não poder beber…. Ninguém vai gostar dela…. PENSEM NA CRISE!!!! BEBAM MENOS! Não vá o diabo tece-las, ficarmos todos sem vinho e as coisas começarem a andar para a frente.

Afinal sempre falei de política….